Acabe com os golpes contra idosos!

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“A pessoa mais velha não fica mais esperta, não, a gente tende a precisar mais das pessoas e acaba confiando em quem é gentil. E os golpistas são bons de papo, costumam ser bem convincentes. Os mais velhos são mais vulneráveis às artimanhas de criminosos, em especial os especializados em aplicar fraudes, principalmente contra os com mais de 60 anos. Entre os crimes cometidos contra idosos, estelionato é o mais comum. Depois vêm roubo e desaparecimento.

Desde janeiro/2017, está em vigor uma lei que prevê punição maior para quem aplica golpe em pessoas com mais de 60 anos. Estelionato é o crime de “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”. Pelo Código Penal, a pena de reclusão varia de um a cinco anos, prazo que agora pode ser duplicado caso o estelionato seja cometido contra idoso.

Em São Paulo, o Disque 100 – serviço do Ministério dos Direitos Humanos – contabilizou 7.550 denúncias no Estado em 2016. Casos de negligência contra idosos e de violência psicológica lideram as denúncias, seguidos por abuso financeiro e econômico.

Dicas e golpes

Os estelionatários sempre estão fingindo querer ajudar alguém. Faz parte da estratégia exagerar na simpatia ou na simplicidade, simulando oferecer ou pedir ajuda, a depender da situação. Como evitar ser enganado?

1. Compra equivocada:

Por telefone, uma pessoa comunica que uma compra de valor elevado foi feita com o cartão do cliente. Ao tentar confirmar dados como nome, endereço, número de conta e de cartão, coleta as informações pessoais. O delegado diz para jamais confirmar ou dar algum dado por telefone e preferir tratar de qualquer assunto na própria agência, de preferência com o gerente.

2. Processo judicial:

Uma carta ou um telefonema avisa que o aposentado tem uma causa ganha na Justiça, mas que precisa pagar os honorários de um advogado ou custas processuais para receber a indenização. O depósito é feito normalmente em contas de laranjas e a pessoa nunca recebe nenhum valor. A polícia sugere, antes de fazer qualquer pagamento, procurar informações sobre o processo junto a associações de classe ou com advogados conhecidos.

3. Troca de cartão:

Golpistas costumam instalar uma máquina para reter cartões no caixa eletrônico, normalmente em horários fora do expediente bancário e nos finais de semana. Se o cartão ficar retido, procure um funcionário credenciado dentro da agência ou deixe o cartão na máquina e, posteriormente, peça você mesmo para que seja cancelado. “Sem a senha, não é possível fazer nada com o cartão. Às vezes é melhor deixar lá do que aceitar a ajuda de um estranho”, diz o delegado.

4. Saidinha de banco:

Idosos nem sempre dominam tecnologia e às vezes têm dificuldade em fazer operações nos caixas eletrônicos. Golpistas se aproximam das vítimas identificando-se como funcionários do banco e oferecem ajuda. Dessa forma, acabam coletando dados pessoais como senha e código de segurança do cartão. A orientação é recusar ajuda de estranhos e procurar resolver pendências dentro da agência com funcionários credenciados.

5. Bilhete premiado:

Velho golpe no qual uma pessoa, normalmente aparentando origem humilde, diz ter ganho na loteria ou ter uma indenização a receber no banco. Mas sempre há um impedimento para receber o dinheiro. Há diferentes versões: ou está sem o documento, ou tem uma dívida no banco, ou a agência já está fechada e a pessoa precisa viajar para outra cidade. O golpista repassa à vítima os direitos do “prêmio” em troca de um valor mais baixo do que deveria receber e desaparece. “Não existe dinheiro fácil. Não tem como levar vantagem econômica de forma rápida. O problema é que muitos querem mesmo é ajudar e acabam sendo vítimas”, afirma o delegado Rafael Horácio.

6. Carro do sobrinho:

Por telefone, uma pessoa pergunta a quem atende a chamada se ela sabe quem está falando. Chama-a de “tio” ou “tia” e tenta constranger falando que quem está do outro lado da linha se esqueceu do sobrinho (ou sobrinha) querido. Na conversa, tenta fazer com que a pessoa diga um nome de uma pessoa que conhece para, em seguida, dizer que é essa pessoa, contar que o carro quebrou no meio da estrada e pedir dinheiro para o conserto.

Se a pessoa cai na narrativa, o golpista passa dados bancários na tentativa de conseguir dinheiro por meio de uma transferência ou depósito. A dica para não cair nesse golpe é tentar inverter a lógica e extrair da pessoa que ligou o maior número possível de informações, em vez de cedê-las. Tente conseguir o nome de quem te ligou, pergunte de quem é filho ou filha, onde está e qualquer outro detalhe capaz de identificar a pessoa. Na dúvida, desligue e ligue você para o sobrinho ou sobrinha que poderia ter ligado pedindo ajuda.

7. Compras não realizadas:

Golpistas telefonam para o idoso dizendo ser do banco e comunicam que uma compra de determinado valor foi feita com o seu cartão de crédito. Eles ainda informam todos os seus dados pessoais e o idoso acredita (não se sabe como eles conseguem os dados do idoso). Em seguida pedem aqueles números que ficam no verso do cartão e ainda informam que vão até a casa do idoso para trocar o cartão que foi clonado por um novo. Não diga nada, não passe nenhuma informação, não confirme nada e diga que VAI PESSOALMENTE FALAR COM O GERENTE DO BANCO, mesmo que a pessoa que está ligando diga que está ligando por questões de segurança!

8. Outras dicas:

Não sacar dinheiro em caixa eletrônico nos finais de semana; Nunca passar dados pessoais por telefone; Sempre rasgar cartas de supostos escritórios de advocacia dizendo que, graças a uma nova lei, aposentados têm direito a um dinheiro extra; Vez ou outra mude o sotaque e finja ser outra pessoa no telefone na tentativa de afastar vendedores e golpistas; Recuse ajuda de estranhos e não compartilhe dados pessoais.

9. Sequestro Falso:

Alguém liga chorando desesperadamente e gritando por ajuda dizendo ser filho ou filha da pessoa que atende o telefone. Ou uma pessoa dizendo que tem uma pessoa da família como refém e exige dinheiro (querendo que seja depositado em uma conta bancária). Não atenda essas exigências, por mais violentas que sejam as ameaças. Tente fazer contato com a pessoa que o delinquente diz ter sido sequestrada. Peça ajuda à família ou amigos para isso. Comunique a polícia imediatamente, ainda que o criminoso exija que não o faça.

10. Serviço Falso:

Uma pessoa se apresenta na porta da casa dizendo ser funcionário de uma empresa prestadora de serviços. Pode ser de luz, água, telefone, TV a cabo, gás ou outra. Avisa que está fazendo vistorias ou serviços gratuitos, para reduzir a conta ou melhorar a segurança. Muitas vezes usam algum tipo de documento falso como crachá ou identidade funcional falsa. Nunca aceite serviços que não pediu, ainda que sejam gratuitos.

11. Golpes envolvendo a previdência ou empréstimos:

geralmente são golpes mais sofisticados. Pessoas contam histórias muito tristes cuja solução está relacionada a apresentar um responsável ou avalista. Para isso, pedem todos os dados pessoais como número de RG, CPF, etc. Usam estes dados para tomar empréstimos em nome dos idosos ou sacar dinheiro da previdência. Nunca entregue documentos importantes ou cartões de benefícios para pessoas em quem não tenha confiança absoluta. Nunca assine documentos sem lê-los.

12. Golpes da Bolsa:

pessoas transportando conteúdos ilegais (drogas, contrabando, produtos piratas, etc), pedem para o idoso “tomar conta” da bolsa por um momento. Normalmente, é o tempo de se esconder da polícia. Porém, se esta pessoa se sentir ameaçada, pode denunciar o idoso. Este, se for pego em flagrante com os produtos ilegais, pode ser preso. Jamais aceite ofertas de levar bolsas, pacotes, sacolas volumes de qualquer natureza, sem saber o seu conteúdo. Pois será responsável pelo que ela contém se for abordado por alguma autoridade pública, pode ser drogas ou outro produto proibido.

Fonte: G1 e PORTAL DO IDOSO

 

Equipe TRICÔ MENTAL