Sensores criados permitem idosos atravessarem as ruas com segurança

Sensores são capazes de possibilitar maior segurança e qualidade de vida aos idosos e pessoas com deficiência? Sim, é o que revela este artigo publicado pela Folha de São Paulo.

Enfrentar as cidades brasileiras a pé não é tarefa fácil para ninguém, mas a jornada soa ainda pior para pessoas com deficiência ou idosos. Mas algumas tecnologias criadas no país, em desenvolvimento ou já prontas, tentam modificar essa realidade.

Em Curitiba (PR), um sistema instalado em 39 cruzamentos, todos próximos a hospitais ou a lugares com maior circulação de idosos, aumenta o intervalo de travessia de pedestres no semáforo, a partir da leitura do cartão de transporte, que dá isenção da passagem de ônibus para pessoas com deficiência ou com mais de 60 anos.

sensores idosos na faixa

O mecanismo foi criado por meio de uma parceria entre a prefeitura e a empresa de tecnologia Dataprom.

Segundo Pedro Darci, gerente de planejamento da Secretaria de Trânsito de Curitiba, um levantamento realizado com cerca de 500 pessoas descobriu que a velocidade de um idoso para atravessar a rua é, aproximadamente, 30% menor do que a média geral, usada para programar os semáforos.

Com os novos dados, foram feitas programações paralelas de tempo nos sinais de trânsito, ativadas pelo cartão de transporte.

Em dois anos, 150 semáforos receberam as placas leitoras, com custo médio de R$ 2.900 cada uma. Mais de 160 mil pessoas usam esses cartões no município.

Iniciativas assim beneficiam toda a sociedade e contribuem para o envelhecimento com qualidade de vida.

“O Brasil envelheceu rápido e não tivemos tempo para a elaboração de políticas públicas que atendam às necessidades de pessoas idosas. Essas demandas são reais, e cuidar delas é responsabilidade de todos”, diz Vieira.

 

Folha de São Paulo sensores_Idosos

Everton Lopes Batista