Saiba o que está acontecendo

Quando a memória não está funcionando como de costume, temos medo de que algo mais grave esteja acontecendo. É claro que uma visita ao médico é sempre bem vinda para diagnóstico, mas não é tão raro assim ter falhas nas lembranças, sendo que 50% da população adulta tem queixas eventuais de memória.

As perdas ocasionais de rendimento cognitivo podem acontecer em qualquer fase da vida, e são influenciadas por problemas diversos, como a desatenção, muitas tarefas concomitantes, excesso de informações, falta de tempo, sono inadequado, sedentarismo, uso de álcool e drogas, medicamentos, ansiedade e depressão, entre muitos outros.

Por isso, é necessário entender que a memória é uma função cognitiva complexa, e sujeita a muitas falhas, ruídos e deslizes. Ninguém nunca terá uma memória perfeita. Portanto, somente os casos persistentes e com grande oscilação devem trazer preocupação com problemas físicos e emocionais.

Informação demais

Uma das principais causas de episódios de esquecimento é o excesso de informações. Temos um limite de dados que conseguimos processar por dia. Porém, estamos em uma época em que temos contato com coisas novas o tempo todo. Como somos bombardeados com notícias a cada minuto, temos dificuldades de processar todas elas, por isso esquecemos algumas coisas.

O que acontece é que vivemos em um mundo hoje em que temos informações novas a todo tempo, e esse excesso, mais a carga de trabalho e de obrigações, podem estar sobrecarregando o cérebro.

Para reduzir esse Impacto, é possível se reorganizar, ou mesmo evitar gastar tempo com informações desimportantes.

O estresse está te fazendo esquecer!

O estresse pode influenciar negativamente o funcionamento cognitivo de um indivíduo. Atrapalha a lembrança e a obtenção de novas memórias, pois impede prestar atenção nas informações. Um sujeito estressado, naturalmente fica confuso pela quantidade e velocidade de pensamentos concorrentes.

Esse estado descarrega hormônios na circulação sanguínea, como a adrenalina. O resultado é que ficamos acelerados, agitados e tensos. O problema com a memória, é que lembrar de alguma coisa nessa condição pode ser difícil.

Esse tipo de falha na memória é bastante preocupante.

O estresse leva ao déficit de atenção e, dessa maneira, não ocorre a memorização. A mudança de rotina ou a atenção em outros assuntos quebram o padrão na memória, fazendo-nos simplesmente não registrar o que é relevante.

O tempo é implacável

memória e relógio

A ação dos anos nos traz mais responsabilidades e tarefas. Isso, por si só já explicaria porque nossa memória não funciona tão bem quando somos adultos, como na infância ou na juventude. Porém, além disso há outros fatores envolvidos na perda cognitiva com o tempo. Por exemplo: conforme acumulamos novas memórias, outras mais antigas vão caindo em desuso.

Há também outro problema com a idade, os processos mentais podem ficar mais lentos e sujeitos a erros “devido a uma perda neuronal relacionada ao envelhecimento e à redução da plasticidade neuronal”.Essa plasticidade, também chamada de neuroplasticidade, é a capacidade do cérebro de se adequar às necessidades, que mudam com o passar do tempo. Assim, conforme ficamos mais velhos, podemos ter dificuldade de nos adaptarmos a algumas situações.

Porém, existem muitas teorias que explicam porque nossa memória vai piorando conforme a idade avança, como alteração do espectro de interesse, aspectos psíquicos, hormonais e até mesmo a rotina de vida. Porém, isso não significa que seja normal idosos perderem a memória: Em um idoso saudável, a baixa na capacidade é muito sutil e geralmente não atrapalha suas atividades diárias, não alterando seu grau de independência. O cérebro saudável se mantém apto a fixar novas memórias e aprender até o último segundo de vida.

Maus hábitos e a memória

A privação de sono e alimentação inadequada são fatores que prejudicam a nossa capacidade de reter informações.

Logo, uma alimentação adequada ajuda a nutrir o cérebro e fornece energia para as funções cognitivas, enquanto o sono age no processamento de novas informações. Outro hábito que pode ser prejudicial à memória é o fumo, que, causa um processo inflamatório crônico nos vasos, que facilita eventos isquêmicos, ou seja, má irrigação de sangue, em áreas responsáveis pela memória e atenção no cérebro.

É remédio ou é doença?

Uma grande preocupação dos Profissionais de Saúde é o uso de medicamento sem receita médica. Apesar de ser muito comum, esse hábito pode causar consequências preocupantes e uma delas é a perda de memória. Mesmo com o uso prescrito, algumas drogas podem levar à demência de forma direta ou piorar ainda mais um quadro de perda de memória. Os principais medicamentos que podem ter esse efeito colateral são os calmantes benzodiazepínicos, como o diazepam ou clonazepam, por exemplo. Antidepressivos, anticonvulsivantes e corticoides também podem trazer prejuízos cognitivos. Eles podem levar à perda de memória episódica, falta de concentração, desinibição, sonolência, falta de coordenação motora e quedas.

A tecnologia

O uso da tecnologia no dia a dia ajuda o cérebro a sempre estar aberto a novas oportunidades, e pronto quado for necessário algo de rápido reflexo

FORMAS DE MEMORIZAÇÃO

memória e memorização

Existem três tipos diferentes de aprendizagem. Normalmente, cada pessoa traz um dos tipos mais desenvolvido, por isso memoriza melhor informações diferentes.

Confira:

AUDITIVO: usa muito a comunicação verbal e irá memorizar melhor através da audição, lendo em voz alta ou ouvindo uma aula, por exemplo.

VISUAL: processa rapidamente as palavras e concentra-se na imagem, naquilo que vê. Para aprender e memorizar, irá lembrar o que está escrito, o caderno, a lousa do professor, o filme , as imagens.

CINESTÉSICO: se detém das sensações, no tato, na receptividade dos outros e irá memorizar melhor quando estabelecer um vínculo emocional com quem ensina.