Escrever faz bem para o cérebro de todas as idades

Você sabia que escrever no papel, hábito raro atualmente com a era da tecnologia, faz muito bem para seu cérebro?

Estudos realizados com crianças em fase de alfabetização, em uma universidade dos Estados Unidos, mostrou que quando as crianças escrevem suas letras em papel, conseguem ter seus cérebros mais ativados.

Crianças na mesma fase, que escreveram em computadores, tiveram seu aprendizado mais lento do que aquelas que escreveram no papel.

Esse prática se aplica a pessoas de todas as idades.

Pessoas que tem o hábito de escrever no papel tem uma maior ativação cerebral, e isso se aplica  princialmente para os idosos, que tendem, com o passar dos anos, a escrever cada vez menos e em qualquer tipo de local, seja no papel ou no computador, pois reduzem muito a atividade da escrita.

Então, que tal pegar lápis ou caneta, papel, uma dose de boa vontade e escrever tudo o que vier na mente?

Faça isso regularmente, e verá como sua agilidade mental vai melhorar.

Conheça abaixo um texto produzido por uma idosa, que pratica Ginástica Cerebral há mais de 4 anos. O desafio era produzir um texto, com base no que via em determinada imagem.

Imagem escolhida para desenvolver o texto:

escrever faz bem

Texto produzido a partir da imagem:

MEMÓRIAS

E lá estava eu parada, quieta olhando para esta paisagem paradisíaca. Feliz diante de tanta beleza, mas a cabeça vazia de pensamentos.

De repente, como querendo abrir todos os laços da memória, vi o começo de tudo. As mesmas flores, árvores e estrada de terra batida, e aí me recordei de todas as vezes que aqui estivemos. As conversas sobre a vida, os planos para o futuro.

Lembrei do dia do passeio de bicicleta. Que tombo! E assim as lembranças foram chegando, uma a uma, com a clareza de um dia radiante de sol.

Só que de repente me vi só, e há tempos assim estou. Mas aprendi através dos anos, que devo me bastar, ter forças e levantar a cabeça para seguir em frente. E sou feliz, muito feliz ao perceber que estas recordações vivem comigo, e são elas que me levam adiante.

Então, entrei na estrada de terra batida, e segui sorrindo até o infinito. 

M. S. Urenhiuki– 71 anos

Escrito em atividade de oficina de memória – produção de texto através de imagem.